Fármacos

“Anti Hipertensivo 2”

Um medicamento anti-hipertensivo com sistema de liberação controlada, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil, é a primeira patente da instituição na China. Há também pedidos de proteção em análise na Coréia, nos Estados Unidos, Europa, Índia, Japão e México. O anti-hipertensivo foi formulado a partir do peptídeo angiotensina (1-7). A metodologia patenteada diminui a velocidade de absorção do medicamento no organismo e aumenta a sua eficácia. A tecnologia foi desenvolvida pelos professores Rubén Dario Sinisterra, do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas, Frédéric Jean Georges Frezard e Robson Augusto Souza dos Santos, ambos do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas, e por Ana Paula Nadu, doutora pela UFMG. A patente foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual em 2001 e, em 2002, no PCT (Patent Cooperation Treaty). Há cerca de 250 patentes brasileiras depositadas na China. Além da que foi concedida, a UFMG possui mais uma em análise, “Preparation of formulations of angiotensin II AT1 receptors antagonists for the treatment of arterial hypertension, other cardiovascular illnesses and its complications” (China 02810681.4). 

A Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG está recebendo propostas de empresas interessadas no licenciamento dessa tecnologia. Há cerca de 250 patentes brasileiras depositadas na China. Além da que foi concedida, a UFMG possui mais uma em análise,a “Preparation of formulations of angiotensin II AT1 receptors antagonists for the treatment of arterial hypertension, other cardiovascular illnesses and its complications” (China 02810681.4). A patente da UFMG concedida na China foi licenciada, em 2005, pela COINFAR, que tem os direitos de produção e comercialização do medicamento. A COINFAR é uma joint-venture entre as empresas Aché, Biolab Sanus e União Química, que se dedica à descoberta e desenvolvimento de novos compostos de alto potencial terapêutico, derivados da biodiversidade brasileira. Dentro de um ano a um ano e meio, o medicamento deverá chegar ao mercado para uma de suas aplicações, que a disfunção erétil. Para controle da hipertensão não há previsões de quando ele estará disponível.

Os testes pré-clínicos foram feitos e há uma autorização do Comitê de Ética da Escola Paulista de Medicina para iniciar a fase 1 dos testes clínicos. Na fase pré-clínica são feitos testes em células e animais para obter informações de segurança que antecedem a realização de testes clínicos com seres humanos. Há três fases de testes clínicos. Na fase 1 avalia-se a toxicologia do fármaco para que possam ser realizadas as fases 2 e 3, que avaliam a eficácia e segurança do medicamento, primeiramente numa escala menor, e depois numa escala maior de pacientes. Os resultados da fase 3 de estudos clínicos determinam a viabilidade de comercialização do medicamento. Considerada a grande responsável por doenças coronarianas, cerebrais e vasculares renais, a hipertensão é a principal causa de morte e incapacidade entre adultos. Na maioria dos países, de 15% a 25% da população adulta sofrem de pressão arterial elevada.

Ruben Dario Sinisterra Millán é formado em Quimica – Universidad del Valle, Cali-Colômbia (1988) e doutorado em Química (Química Inorgânica) pela Universidade de São Paulo (1992). Foi professor visitante no Depto de Química da Universidade de Minnessota, USA em 1995, graças ao prêmio SBQ-ABQ-NSF para jovens pesquisadores. Fez pós-doutoramento junto ao Depto. de Engenharia Biomédica e Química do Massachusets Institute of Technology, MIT, Boston, USA 1997-1999. Atualmente é professor Associado nível II da Universidade Federal de Minas Gerais. Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológic da UFMG. É assessor adoc dos seguintes periódicos internacionais: Journal of Pharmaceutical Sciences, – Journal Brazilian Chemistry Society, – Journal of Inclusion Phenomena and Macrocyclic Chemistry, – Química Nova e Biomaterials. Tem experiência nos seguintes temas: ciclodextrinas, biomateriais, sistemas de liberação controlada de fármacos, nanobiotecnologia, formulações farmacêuticas, patentes e transferência de tecnologia. 

Fonte: Anti-hipertensivo desenvolvido na UFMG obtém patente na China, Mídia Eletrônica: Portugal Digital -http://www.portugaldigital.com.br/ 
http://www.ufmg.br/online/arquivos/005206.shtml 
http://www.ufmg.br/boletim/bol1377/quarta.shtml 
acesso em junho de 2009