Fitoterápicos

“Aroeira do Sertão”

A Universidade Federal do Ceará tem contribuído para o entendimento e melhor utilização das plantas de uso popular através do estudo de sua toxicidade e características farmacológicas. O Departamento de Fisiologia e Farmacologia, através da Unidade de Farmacologia Clínica da UFC, vem caracterizando farmacologicamente, por meio de pesquisas pré-clínicas e clínicas, diversas plantas medicinais que apresentam um potencial de uso como fitoterápico. Entre elas, destaca-se a Aroeira-do-Sertão. Uma das plantas de uso ginecológico mais frequente e mais antigo na medicina popular do Nordeste do Brasil – ligada à prática do “banho de assento” usada por mulheres nordestinas no tratamento ginecológico pós-parto – a Aroeira-do-Sertão também é usada no tratamento de úlceras pépticas. Estudos pré-clínicos realizados no Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFC, mostraram uma baixa toxicidade do extrato de Aroeira-do-Sertão e confirmaram suas atividades cicatrizantes e anti-inflamatórias. Ela se mostrou eficaz no tratamento de feridas nos genitais e na virilha. “Os testes foram feitos apenas em ratos”, observa o farmacologista Francisco Matos, orientador da tese de mestrado baseada nessa experiência. “A aroeira tem várias substâncias que tratam a mucosa vaginal”, esclarece.

 

As pesquisas relativas à toxicologia clínica do elixir de Aroeira-do-Sertão, realizadas pela Unidade de Farmacologia Clínica da UFC, sob a coordenação da professora Maria Elisabete Amaral de Moraes, transformaram-se no tema da dissertação de mestrado da pesquisadora Gilmara Silva de Melo Santana, que contou com o apoio financeiro da FUNCAP. Diante dos dados apresentados pode-se afirmar que o elixir de Aroeira-do-Sertão é um produto fitoterápico que, nas doses testadas, pode ser utilizado com segurança, tornando-se um candidato promissor para o tratamento de úlcera péptica. A aroeira do sertão é uma árvore com altura de 6-14m, com tronco de 20-25 cm, tendo com ocorrência desde o CE (caatinga) até o estado do PA e MS, sendo mais frequente no nordeste do país, oeste dos estados da BA, MG, SP e sul dos estados MS, MT e GO.

 

Fonte:

http://www.funcap.ce.gov.br/revista/ano3nr3/02/

http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/plantas/aroeira.htm

http://www.unifac.med.br/v2/site/b_pesquisadores.php

http://www.terra.com.br/istoe/1653/medicina/1653_ao_natural3.htm

acesso em agosto de 2002