Metalúrgia

“Catalisador de Zinco”

O IPT e a Oxiteno, empresa nacional que fabrica produtos utilizados em indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, tintas e vernizes, entre outras, desenvolveram em conjunto um catalisador de óxido de zinco, aparelho amplamente utilizado em indústrias químicas e petroquímicas. O equipamento remove compostos de enxofre presentes em matérias-primas como a nafta e o gás natural e que prejudicam a obtenção de produtos como amônia, metanol, gás combustível e outros. Até o final da década de 80, esses catalisadores à base de óxido de zinco comprados pelas indústrias brasileiras eram importados dos Estados Unidos e Europa, ao custo médio de US$ 10 o quilo. Em 1982, o antigo Laboratório de Catálise da Divisão de Química do IPT começou a trabalhar com um catalisador em escala de laboratório e escala piloto e a avaliar seu desempenho em um micro reator de laboratório.

 

Os pesquisadores queriam obter um produto a partir de matérias-primas nacionais, com preço final atrativo e mantendo as propriedades químicas e físicas idênticas ao do importado, para que as empresas não tivessem de fazer alterações nas condições operacionais nos processos industriais já implantados. Quando os primeiros resultados se mostraram promissores, a Oxiteno solicitou ao IPT um levantamento sobre o consumo médio anual, em nível nacional, para o catalisador de óxido de zinco. A empresa remunera o instituto na forma de royalties sobre o preço líquido de vendas do catalisador.

Através desse contrato, o IPT cedeu à Oxiteno o direito de fabricar e comercializar um catalisador à base de óxido de zinco aplicado aos processos industriais petroquímicos para remoção de compostos de enxofre das correntes de hidrocarbonetos líquidos e gasosos. Este projeto foi importante porque, a partir da interação entre uma instituição de pesquisa e uma empresa nacional, foi possível viabilizar a fabricação de um produto básico para atender à demanda de um segmento estratégico da indústria brasileira que até então não tinha similares em nosso mercado.

 

Fonte: http://www.estadao.com.br/economia/noticias/2002/mar/20/320.htm

http://www.redetec.org.br/repict/download/anais1998.zip

Acesso em agosto de 2003