Petróleo

Diesel Metropolitano

Porto Alegre foi a primeira cidade brasileira a utilizar o Diesel Metropolitano, um combustível com baixos teores de enxofre, de uso obrigatório em todo o transporte coletivo urbano. A redução das concentrações de dióxido de enxofre no ar de Porto Alegre começou a se verificar no início da década de 90, resultante da utilização de programas desenvolvidos em parceria pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP). Com a avaliação da qualidade do ar, medida através de programas executados em algumas áreas críticas de trânsito intenso na cidade, foi possível verificar a necessidade do desenvolvimento de um combustível menos impactante, de aprimorar a legislação municipal e de implantar programas de fiscalização. Mais ou menos 35% do consumo de energia do setor de transporte em Porto Alegre, deve se aos veículos de carga e do transporte coletivo pela queima de óleo diesel. O monitoramento da qualidade do ar, que passou a ser realizado na cidade, revelou concentrações de dióxido de enxofre bastante superiores aos níveis recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente na região norte da cidade.

 

Pesquisando, já há algum tempo, a produção de um óleo diesel menos impactante, a REFAP desenvolveu o ODM – Óleo Diesel Metropolitano, cujo teor máximo de enxofre é de 0,5%, enquanto o índice do óleo comum na época era de 1,2%. Com base na disponibilidade do ODM em quantidades suficientes para atender toda a demanda da cidade, o Município, através do Decreto n0 10.432/92, de 23 de outubro, instituiu a obrigatoriedade de seu uso no transporte coletivo e de cargas da cidade. Os resultados da utilização deste combustível apresentou imediatamente uma considerável redução nas emissões de dióxido de enxofre nos pontos de amostragem na cidade.

A Petrobras eliminou, em 1989, a adição de chumbo tetraetila à gasolina, contribuindo de maneira decisiva para a melhoria da qualidade do ar. Brasil e Japão foram os primeiros países do mundo a eliminar o chumbo da gasolina. Em 1992, a Petrobras lançou o diesel metropolitano para uso nos grandes centros urbanos, onde os níveis de poluição do ar são mais acentuados. Com apenas a metade do teor de enxofre do diesel usado para outras finalidades, esse produto reduz o volume de dióxido de enxofre lançado no ar das grandes cidades brasileiras. A meta da Petrobras é reduzir, até 2008, o teor de enxofre na gasolina brasileira dos atuais 1000 ppm para a faixa de 80 ppm. No diesel metropolitano, o nível de enxofre, que está em 2000 ppm, será reduzido para 50 ppm. “E esse é apenas um dos itens a serem melhorados nos produtos. Para isso buscamos tecnologias adequadas, nas melhores empresas da Europa e EUA”. Segundo a Petrobrás, nesses países, ainda que os níveis de enxofre sejam menores que os registrados no Brasil, os números estipulados pela Petrobras também só serão alcançados após 2005.

 

Fonte:

http://www.expressao.com.br/ecologia/ecologia_venc95.htm

http://www.sulambiental.com.br/edicao_00/riogs_01.htm

http://www.petroequimica.com.br/edicoes/ed_229/ed_229a.html

http://www.petrobras.com.br/portugue/acompanh/arara/FAQ/answ.htm

 

acesso em maio de 2002