Eletrônica

Graduador Duralux

A empresa Duralux, da cidade de Petrópolis ganhou em maio de 1997 o prêmio Nacional de Conservação de Energia com uma invenção que, na sua simplicidade tem um inegável alcance social. Trata-se de um dimmer, um graduador eletrônico para lâmpadas incandescentes, que não se limita a ligar e desligar, como também permite ajustar um nível mais baixo de iluminação, proporcionando economia de energia, com uma característica fundamental: é uma peça fria, com pouquíssimo consumo interno. Segundo o engenheiro Joel Franco Saciloti, dono da Eletrolux e inventor do dimmer, o produto pode ser colocado no mercado ao preço de dez vezes inferior ao dos concorrentes. A Duralux recebeu o prêmio de eficiência energética na modalidade B, ou seja, pelo fato de ter desenvolvido um produto que pode contribuir de maneira efetiva para a redução do consumo de energia. O graduador permite uma economia de até 66% de consumo de energia elétrica, aumentando a vida útil das lâmpadas. 
 


O “dimmer” DURALUX tem o mesmo tamanho, aparência e padrões dos interruptores elétricos comuns, porém, por ser eletrônico oferece muito mais: Gradua a luminosidade da lâmpada; Pode aumentar a vida útil da lâmpada de 1.000 para até 80.000 horas; Proporciona economia de energia em mais da metade do consumo da lâmpada; Esses benefícios geram lucros: em pouco tempo, o custo do aparelho volta ao bolso do consumidor em forma de economia mensal na conta de luz e diminuição na compra de novas lâmpadas. Alguns “dimmers comuns” de baixo custo, sem filtros, causam sérios inconvenientes, como por exemplo, ruídos em aparelhos de rádio, som e “chuviscos” na TV. O Graduador Duralux não causa qualquer interferência, embora seja um “dimmer”. O aumento da vida útil das lâmpadas se dá por três motivos: 1) Normalmente, as lâmpadas incandescentes se queimam no instante em que são ligadas ou desligadas. Isso acontece devido ao chamado “choque térmico”, ou seja, elevação ou queda brusca da temperatura do filamento. A eletrônica do Duralux não permite que o sensível filamento das lâmpadas receba a voltagem de uma só vez. Ela “gradua”, atenuando automaticamente o “choque térmico”, ao ser ligada (ou desligada), 2) Na posição de meia luz a voltagem é reduzida, o que faz aumentar consideravelmente a vida das lâmpadas, cerca de 80 vezes mais, ou seja, a vida da lâmpada pode passar de mil horas para 80 mil horas (mais ou menos 20 anos), 3) O “pulso transitório” ocorre repentinamente, assim que a lâmpada é acesa (a frio). A resistência elétrica do filamento da lâmpada, a frio, é muito baixa, ocasionando quase que instantaneamente, corrente muito alta, cerca de 12 a 16 vezes mais que seu valor normal. Esse fenômeno dá origem ao prejudicial “pulso transitório” que é também um dos responsáveis pela queima prematura das lâmpadas. A eletrônica do Graduador DURALUX atenua também consideravelmente esse fenômeno indesejável.
Joel Sacilotti disse que mesmo tendo conferido um certificado de eficiência, “o governo nunca teve interesse em investir no produto e tem feito uma campanha, através do Procel, para difamar a qualidade do dimmer, dando privilégios à lâmpada importada. O que falta ao país é o sentimento de brasilidade e confiança em seus próprios produtos. Não sei quem, mas alguém está tirando vantagens com a importação destas lâmpadas fluorescentes”, sugere Joel Sacilotti, que se defendeu dizendo que o seu produto já fora testado pelo Ministério do Exército e pela Cemig que, inclusive, recomendam a utilização do Duralux. “Como o Procel concede um certificado de eficiência e depois divulga que um laudo de outra instituição reprovou o produto? O organismo está, então, dizendo que é incompetente. Existem outros interesses por trás disso tudo”, salienta, sem dizer quais são. 

  

Fonte: 
http://www.terra.com.br/istoe/1660/comportamento/1660_engenhocas_desplugadas.htm
http://www.eletrobras.gov.br/procel/main_9_3_3.htm 
http://infoener.iee.usp.br/infoener/hemeroteca/imagens/18511.gif 
http://www.duralux.com.br/infotec/resposta06.htm 
http://jbonline.terra.com.br/jb/online/eco/matatuais/mat0905c.html 

acesso em agosto de 2002