Automóveis

JEG

Embora alguns catálogos de época dêem esse modelo commo argentino, o JEG era brasileiro. Lançado em 1978 era fabricado pela Dacunha. O motor era da Brasília, traseiro, com 15 mil cm3 e dois carburadores. da mesma forma que o Gurgel contava com uma espécie de blocante manual, na verdade era possível travar cada uma das rodas independente da outra. O carro era feito em chapas de aço com carroceria monobloco, ao contrário de seu principal concorrente. A carroceria é toda em chapa dobrada, e pode ser fabricado com uma guilhotina e uma dobradeira. Mesmo assim encontrou dificuldades e deixou de ser produzido ainda na década de 80. 

Desde a frente, com se pára-choque encimado, no centro, por um guincho manual e protetores de faróis, de forma vertical e filetes verticais, o JEG oferece uma impressão de robustez, que constitui o maior apelo da fábrica para sua comercialização. Quanto ao motor, o Volkswagen 1600 refrigerado a ar, de manutenção simples e de mecânica amplamente conhecida, constitui uma garantia de tranquilidade por muitos quilômetros, além de permitir a resposta pronta a todas as solicitações, com potência suficiente. A tração dianteira do JEG é um projeto exclusivo da Dacunha. Ao lado da alavanca de câmbio encontrava-se a alavanca de engate das rodas dianteiras. O JEG tinha tração 4×2 traseira. Tentou-se fazer uma tração 4×4 mas ficou apenas na fase de protótipo. A transmissão é realizada por embreagem monodisco a seco, de acionamento mecânico, câmbio de quatro marchas sincronizadas para a frente e para a ré, com alavanca de mudanças no assoalho. A suspensão é dianteira, independente com duas barras de torção em feixes, barra estabilizadora e amortecedores hidráulicos telescópicos.

Cel.Catarino engenheiro do IME no Rio de Janeiro, foi trabalhar na Dacunha (S.Bernardo do Campo – Atrás da Volks) na época em que a empresa fabricava o JEG. Posteriormente montou uma empresa denominada “QT-Engenharia”, em Barueri, na margem da Castelo Branco, e projetaram uma caixa de transmissão que a ZF (São Caetano) autorizou a fabricação. Detalhe: no fundido da caixa vinha a marca QT/ZF juntas – um orgulho para a tecnologia nacional da época. Essa transmissão era aplicada nos caminhões (Ford / GM / Chrysler ) 6×6 que acompanhavam o início dos investimentos em álcool no Brasil. 

Fonte: 
http://www.oficinadeveiculos.com.br/curiosidades_jeg.asp
 
http://www.planetabuggy.com.br/extintos/jeg/emilio.htm
 
acesso em junho de 2005
 
Agradeço a colaboração de José Vicente (josevr@uol.com.br) que enviou informações em junho de 2005 para composição desta página
 
envie seus comentários para otimistarj@gmail.com.