Controle de Pragas

Ponto Final

O bioinseticida “Ponto Final”, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 41 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e a empresa Bthek Biotecnologia para controlar lagartas que atacam culturas agrícolas, será um dos destaques no estande da Empresa durante o Show Rural Coopavel 2009, que acontece na cidade de Cascavel, PR, em fevereiro de 2009. O “Ponto Final” é um inseticida biológico, ou seja, contém em sua fórmula apenas uma bactéria específica para controlar os insetos–alvo (Bacilus thuringiensis), sendo portanto inofensivo à saúde humana, de animais e ao meio ambiente. Além disso, o produto recebeu o certificado para uso em agricultura orgânica. O bioinseticida é capaz de controlar diversas lagartas que atacam culturas agrícolas, entre as quais destacam-se: a lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis); lagarta das hortaliças (Plutella xylostella), também conhecida como traça das crucíferas; e a lagarta do cartucho do milho (Spodoptera frugiperda). Banco conserva bactérias benéficas As estirpes da bactéria utilizadas no desenvolvimento do produto fazem parte do Banco de Bacilos Entomopatogênicos (bactérias específicas para insetos) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que contém mais de 2.300 variedades de bactérias benéficas usadas como agentes de controle biológico.

 

Com apenas um litro por hectare, o produto é capaz de matar as lagartas-alvo, preservando insetos benéficos ao ambiente, como as “joaninhas” e as “tesourinhas”, que também são eficientes como predadoras de lagartas e pulgões. Além disso, o novo inseticida biológico traz ainda uma característica bastante interessante, como explica a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Rose Monnerat: a certificação para uso em agricultura orgânica. As estirpes da bactéria utilizadas no desenvolvimento do produto fazem parte do Banco de Bacilos Entomopatogênicos (bactérias específicas para insetos) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que contém mais de 2.300 variedades de bactérias benéficas usadas como agentes de controle biológico. Essas bactérias ocorrem naturalmente no solo e produzem uma proteína, conhecida como cristal, que mata muitos insetos, principalmente lagartas e besouros. A proteína age no intestino das larvas dos insetos que comem as folhas tratadas com Bt. Os esporos da bactéria penetram no corpo, germinam e matam a larva por infecção generalizada.

Segundo a pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do produto, Rose Monnerat, essas bactérias ocorrem naturalmente no solo e produzem uma proteína, conhecida como cristal, que mata muitos insetos, principalmente lagartas e besouros. A proteína age no intestino das larvas dos insetos que comem as folhas tratadas com Bacillus thuringiensis. Os esporos da bactéria penetram no corpo, germinam e matam a larva por infecção generalizada. Esse é o terceiro produto biológico fruto da parceria entre a Embrapa Recursos Genéticos e a Bthek Biotecnologia. O primeiro, Sphaerus SC, foi lançado em 2004 para controlar o mosquito da malária e o pernilongo, ou mosquito urbano, e o segundo foi o Bt-horus, em 2005, para combater o mosquito transmissor da dengue e os borrachudos. Ambos já estão no mercado e sendo utilizados com sucesso em várias regiões brasileiras.

Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria esporulante, Gram positiva e de ampla distribuição, comumente utilizada para controlar insetos, seja na sua forma nativa como base para bioinseticidas, seja como doadora de genes para a síntese de plantas transformadas resistentes a insetos. A atividade inseticida do Bt deve-se a proteínas cristais sintetizadas durante o processo de esporulação bacteriana. Essas proteínas após serem ingeridas pelos insetos alvo são solubilizadas pelo pH e ativadas por proteinases intestinais dos insetos. Desta forma, insetos que vivem em raízes ou na parte interna das plantas não podem ser controlados por esta bactéria na forma de bioinseticidas, apenas através de plantas transgênicas. Bt pode ser isolado a partir de amostras de solo, insetos mortos e filoplano. Estudos realizados na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia demonstraram que é possível encontrar Bt naturalmente dentro de plantas de algodão. Demonstraram também que o Bt inoculado em solo próximo a raízes de algodão e couve migra pela planta chegando as folhas e aos insetos que delas se alimentam. Essa descoberta abre uma nova forma para utilização desta bactéria e tem sido aperfeiçoada tanto para controle de lagartas, como para controle de insetos sugadores de seiva, como os pulgões. Trata-se de uma tecnologia inédita que está em processo de patente pela Embrapa.

 

 

Fonte:   http://pets.cosmo.com.br/noticias/ver.asp?id=6394

http://www.maxpress.com.br/noticia-boxsa.asp?TIPO=PA&SQINF=339938

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger147604,0.htm

http://lattes.cnpq.br/9239372895737198

http://www.embrapa.br/eu_quero/inovaecria/comunicacoes/177_usosistemicodeBt_monnerat_cenargen_0903_1530.pdf

acesso em fevereiro de 2009